O e-commerce segue acelerando globalmente, impulsionado por novos modelos de consumo, avanços tecnológicos e demandas por conveniência. No Brasil, o faturamento deve atingir R$ 224,7 bilhões em 2025, com crescimento de 10% em relação a 2024, segundo a ABComm. Neste artigo, exploramos as principais tendências que vão transformar o varejo online nos próximos anos.
1. Inteligência artificial e personalização hiper‑segmentada 🎯
A IA se tornou a espinha dorsal do e-commerce moderno. No Brasil, 75% das lojas virtuais já utilizam IA, observa a Ebit|Nielsen. Seus benefícios incluem:
- Personalização de experiência: Variações automáticas de homepage, emails e ofertas com aumentos de até +45% em conversão.
- Precificação dinâmica: ganhos de até 15% de margem, conforme McKinsey .
- Gestão preditiva de estoque: precisão de até 94%, redução de ruptura em 78% e capital imobilizado reduzido em 32%.
- Chatbots e marketing conversacional: resolução de 87% das dúvidas sem intervenção humana e redução de até 42% nos custos de suporte, como no Magalu.
Cenário global e impactos
Grandes redes, como Swarovski, relatam que recomendações com IA representam 10% das vendas do site. Nos EUA, tecnologias de IA (chatbots etc.) alavancaram vendas em promoções como Black Friday, estimulando conversão em até 9% .
2. Mobile commerce, social commerce e live shopping
Mobile commerce
No Brasil, 73% das compras ocorrem por smartphones, com formas de pagamento em um clique e internet móvel 41% mais rápida (13,7 Mbps).
Social commerce & lives
- Social commerce brasileiro deve atingir US$ 4,16 bi em 2025, crescimento de 16,1 % ao ano .
- Mais de 2 milhões de pedidos mensais via Instagram (89%), Facebook (8,4%) e YouTube (1,6%).
- Live shopping: 28 % da população já assiste, e 45 % compram durante transmissões ao vivo.
3. Experiências imersivas com AR/VR
A realidade aumentada e virtual chega com força, especialmente para comércio de móveis, moda e cosméticos. Provedores como Magalu, Renner/Snapchat e Sizebay reportam:
- Crescimento de até 30% em conversão com visualização 3D de produtos.
- Mercado global de provadores virtuais pode chegar a US$ 25,1 bi até 2032.
4. Pagamentos ágeis e BNPL com Pix
No Brasil, o Pix deve superar o cartão de crédito em participação de mercado online, alcançando 44% até 2025, contra 41% dos cartões.
Além disso, o modelo “Buy Now, Pay Later” (BNPL) cresce globalmente, estimado em US$ 4,66 bi em 2025, e começa a integrar o Pix.
5. Logística inteligente e última milha com IA
Com o e-commerce global atingindo US$ 300 bi, a última milha virou foco de inovação: IA otimiza rotas, previne extravios e melhora atendimento.
No Brasil:
- Drones alcançam precisão de 92% em testes urbanos.
- Parcerias regionais reduziram custos logísticos em 15%.
6. Sustentabilidade e ESG integrados
Consumidores exigem ações concretas:
- 73% dos consumidores globais mudariam seus hábitos por escolhas mais sustentáveis.
- 60% querem transparência em origem e impacto ambiental.
- No Brasil, 45% dos varejistas adotaram embalagens biodegradáveis.
7. Omnichannel e integração total dos canais
A experiência fluida entre lojas físicas e online é cada vez mais exigida:
- Estratégia omnichannel ganha destaque entre as 6 principais tendências de 2025.
- Lojas físicas se tornam espaços de experiência, enquanto o e-commerce fermenta vendas e branding propmark.
8. Retail media e monetização de dados
Com dados em mãos, marketplaces e sites vendem publicidade direcionada no ponto de compra — as retail media networks — gerando receita extra.
9. Programmatic commerce e IoT
A internet das coisas permite compras automáticas — como reabastecimento de café ou troca programada de peças — abrindo caminho para o programmatic commerce.
10. Segurança, ética e privacidade
À medida que se coleta mais dados, cresce a preocupação com privacidade e justiça algorítmica. Um estudo apontou medo de coleta excessiva, viés e falta de transparência .
As empresas devem cumprir boas práticas: auditorias, transparência e envolvimento do consumidor na IA ética.
Conclusão
O futuro do e-commerce se sustentará em IA personalizada, interfaces imersivas, pagamentos instantâneos, logística inteligente, sustentabilidade, omnicanalidade, monetização via retail media e atenção rigorosa a ética e privacidade. Marcas que dominarem essas frentes estarão à frente na competição online.